quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

CONFIAR EM ALGUÉM


Com o passar dos anos e a mudança de época, as pessoas, aos poucos, foram se tornando insensíveis e mais preocupadas com si mesmas, sem considerar o outro que, muitas vezes, está a seu lado implorando socorro. Muitos até se humilham, se prostram, choram, suplicam e fazem promessas, caso sejam atendidos. Tudo em vão. Fingem que não ouvem. Procuram demonstrar que não têm tempo suficiente para “fazer caridade”; os dias são tão corridos que o mínimo que se pode fazer é tomar banho e se alimentar; a maior parte do tempo está preenchida com trabalho, estresse e cansaço. Dormir fica em último plano. Tudo bem. Não é mentira que a rotina diária é mais ou menos assim, mas pelo menos atenção se pode dar a quem precisa. Mesmo atarefado, se quiser, pode abrir um espaço na agenda e marcar um bate-papo no fim-de-semana ou depois do horário de trabalho, escola ou faculdade. Basta querer. Basta desejar ajudar o outro.
           
Em meio à frieza, alguns indivíduos não conseguem mais confiar nos outros. Perderam, no meio do caminho, a chama do amor que vence o preconceito, a dúvida, a incerteza. O amor nos faz encarar as situações por um único prisma: vai dar tudo certo; ainda que as adversidades se façam presentes, os resultados serão positivos.
           
Não deixe as oscilações do tempo destruir os bons sentimentos que existem dentro de você. Preserve-os, lute por eles. Pegue do pouquinho que tiver, transforme em sementes e espalhe por onde passar. De repente, alguém segue seu exemplo. Se conseguir afetar apenas um, pode-se considerar herói porque conduziu alguém ao frutífero caminho do bem. Reflita sobre isso. As épocas mudaram, mas a composição do ser humano ainda é a mesma.

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

LAMENTAÇÕES EM RISO



O choro pode, até, não significar solução para os problemas. Porém, só o alívio que proporciona já traz a paz necessária para aguardar o dia da conclusão. Para dar cabo em um problema é preciso manter o equilíbrio porque a sanidade mental trará o sustento satisfatório ao corpo, o que proporcionará atitudes amadurecidas nas tomadas de decisões e, por fim, resultados benéficos para os envolvidos.
           
Lamentar as questões com as pessoas certas ajuda ao necessitado encontrar portas de escapes onde as lágrimas têm a chance de transformarem-se em risos. Esse tipo de gente carrega consigo armamento eficaz no combate ao sofrimento dos alheios, independente se forem entes queridos ou não, entendem que, acima de tudo, o importante é amar. E o amor, peça-chave na compreensão do outro, se torna o responsável em determinar bom termo nas lutas do dia-a-dia.
           
Seja qual for o motivo do seu choro, da sua preocupação e da sua insônia, que perturba seu caminhar, não guarde tanta revolta para si. Compartilhe com pessoas de sua confiança. Por certo, elas terão uma forma de ajudá-lo, nem que seja apenas em ouví-lo – isso já é uma prova de amor e mostra que nem tudo no mundo vira as costas para você, tem gente boa do seu lado, viu? E, com esse auxílio, fica bem possível chegar aos lugares mais almejados. Quando isso acontecer, entenderá por que surgiram tantas lamentações na sua vida. Confie. Com amigos sinceros estamos ancorados em porto seguro.

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sábado, 10 de dezembro de 2011

HÁ UM LIMITE



Nos momentos de angústia e de dor, tudo parece girar. A vítima se sente tão perdida que já não encontra forças para tomar atitudes. Resta se entregar. Envolto em um mar de problemas que assola o coração e traz o desejo da morte, nesses instantes, não é possível valorar a preciosidade da vida... O ganho que é viver... Nem sequer imagina nas pessoas que já se foram e tanto gostariam de estar aqui. Nada importa nessas horas, nem conselhos, regras, orações feitas, sermões, enfim, tudo, embora tente colaborar para o bem, vem com a mesma máscara... “Quer assustar, quer destruir”...
           
Mas, vale ressaltar que “há um limite” para tudo nesse mundo, nada é para sempre. Para aqueles com bastante experiência aqui na terra, reserva-se o aprendizado que instrui para o cotidiano: paciência tem limite; nenhum emprego é eterno (se não sair por um motivo qualquer, um dia se aposenta); todo curso começa e tem seu fim. Estes são apenas alguns exemplos, mas há uma infinidade de situações com começo, meio e fim. Algumas não terminam como se esperava, mas tem lá seu término.
           
Da mesma forma, seu sofrimento também tem um ponto final. Hoje aparenta não ter, mas o futuro o garante: vêm novas aventuras por aí. Não sobrou para você apenas as migalhas, tem pão fresquinho... Para que transbordar seu cálice de problemas se a sua estrutura não comportaria excessiva turbulência? Por isso, quando as situações chegam ao ápice, soluções surgem; novos caminhos direcionam uma jornada com final feliz. Tem sempre conquistas para quem não desiste. Portanto, persista, você chega lá. Eu garanto.

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

MUNDO INCERTO



De que adiantaria estar convicto de tudo o que se quer na vida, se vive num “mundo incerto”, onde as expectativas são frustradas e faz parte da “nova ordem mundial” confundir, complicar, pôr empecilhos para, segundo “os maiorais”, saber quem é o melhor entre a multidão? Parece, até, que fazem de propósito. Preocupado com essa questão, o professor da USP e membro da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Lideranças (ABDL), Henrique Rattner, escreveu o artigo “Em busca da identidade no mundo de incertezas” para a revista “Espaço Acadêmico”, edição número 34, em março de 2004. No decorrer do seu texto, demonstra preocupação com o em baralhamento que a globalização fez no planeta. De acordo com suas palavras, “a ideologia dominante endossada e apoiada pelos organismos internacionais nos apresenta a globalização como sinônimo de progresso e a associação dos países em blocos econômicos como o primeiro passo na construção de ‘um mundo só’. Crescimento econômico ilimitado, livre comércio e flexibilização das relações de trabalho nos trariam rapidamente a era de abundância e bem-estar para todos os habitantes da Terra”.
           
Contrapartida, o efeito foi contrário. A riqueza acabou concentrada nas mãos de poucos e a miséria aumentou de forma alarmante. Coisa mal-prevista, mal-bolada, mal-arquitetada. Seria? Quem sabe? Mas, as intenções foram boas.
           
Por causa dessa confusão, a grande maioria – obrigada a conviver com a miséria –, se deparou com a “crise de identidade” devido à insegurança, exclusão e pior: a incerteza do futuro que, de acordo com o novo sistema, exige “saber muito” para cogitar possibilidades de chegar ou não ao lugar sonhado.
           
Por essas e outras, não se espante com as dúvidas deste mundo, não se atemorize. Existe uma regrinha para sair como vencedor desse “vestibular” global: primeiro, descubra qual a sua inclinação no mercado de trabalho (onde tem mais potencial, em que tem mais segurança e vai depender menos dos outros); segundo, procure se especializar neste setor (seja curioso, faça cursos, se recicle, crie seu próprio jeito de atuar e, a partir daí, os resultados vão favorecê-lo). Desse jeito, o mercado vai se prostrar diante de sua pessoa e as melhores oportunidades logo vão perseguir seus passos. Assim, em poder de uma identidade, alcançará a realização que tanto almeja num mundo absurdamente incerto. Valorize e priorize você!

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ESPERANÇA NACIONAL



Num passo desafiador, a revista “CartaCapital” edição novembro/dezembro 2007 publicou uma pesquisa que aponta as principais empresas brasileiras que foram consideradas como as mais admiradas no país nesse ano. Um estudo feito pela CartaCapital/TNS Interscience. Como já era de se esperar, a Petrobras – orgulho brasileiro –, no fator-chave “Compromisso com o país”, ficou muito à frente da segunda colocada, a Vale do Rio Doce. A BR conquistou 31,11% e a Vale, 18,81%. Segundo a revista, essa diferença tem explicação pela presença da companhia no mercado nacional e internacional. No Brasil, inclusive, a empresa é líder na exploração de petróleo, na distribuição de combustíveis e na área de logística, por meio da Transpetro. No exterior, cogita planos para expansão no continente americano e em parte da África. Sem falar o peso significativo que tem na área de gás e energia.
           
Por isso e muito mais, a Petrobras se tornou o sonho profissional de muita gente. Quem não desejaria se tornar um executivo de alto escalão na companhia repleto de benefícios e regalias, sem grandes preocupações, afinal, seu salário é considerado um dos melhores do país? Está seguro no seu cargo porque passou por um concurso público e venceu milhões de candidatos (só esse quesito já prova: “sou bom demais, quem poderá me deter?”). Dá orgulho, satisfação, tranqüilidade: tudo o que o povo (sofrido) brasileiro precisa. O perigoso é que essa condição permite a sensação de “poder” por estar numa situação melhor que outros. Porém, apenas as mentes mais fracas dão chance para sentimentos tão ardilosos. Aqui aparece a natureza humana imperfeita: alguém tão inteligente para conquistar tal status e tão ignorante, simultaneamente, ao ponto de pensar e agir de uma forma tão mesquinha.
           
Para aqueles que ocupam cargos honrosos na Petrobras ou prestam serviços para a companhia... Parabéns! Façam jus a função que lhes cabe. Aos que ainda convivem com o sonho... Alimente a esperança através do estudo. Renuncie certos entretenimentos (equilibre-os) para se dedicar. Nessa vida, tudo pode acontecer. Mas, para viabilizarmos a realização de algo, precisamos estabelecê-lo como prioridade... O “resto” deixa para depois. Aliás, vai ter tempo de sobra para curtir a vida “adoidado”.

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COISAS DO ‘PORÉM’



Na vida da gente tudo vai muito bem até certo ponto. Em alguns casos, tem-se um currículo invejável, que passa das grandes instituições de ensino até o domínio de várias línguas; dinheiro, status e reconhecimento não faltam. De repente, até a família e o trabalho vão bem. Mas, quando se estica a situação e chegamos ao fim da linha do detalhamento dos itens mais atraentes da vida, deparamos com um “porém”. Temos tudo, “porém” falta isso ou aquilo que o dinheiro não compra, que os aplausos do público não conseguem solucionar, nem nosso currículo tão invejável tem o poder de mudar a situação. Todo mundo tem um espinho na carne. Esse ponto fraco existe para nos mostrar que não somos superpoderosos nem melhor do que ninguém. Seja rico ou seja pobre, estamos todos cerrados na mesma condição: temos imperfeições.
           
Os antropólogos – profissionais capacitados para estudar os povos – são capazes de encontrar, na divergência da vida social nas comunidades, pontos falíveis e, muitos até comuns num mesmo local. E tal constatação pode ser avaliada tanto numa aldeia indígena como numa metrópole, afinal de contas, são humanos, independente do habitat. Cada um segue a cultura que lhe foi imposta e por ela se entendeu como ser.
           
Mediante a isso, dá para convir que o segredo de haver no mundo os maiores conflitos é justamente esse, a diversidade. O diferente afeta. E esse afeto dá uma nova direção para quem se aproxima. As reações, por certo, são inesperadas. Algumas, tranqüilas e pacíficas; outras, geram dissensões que modificam todo um sistema.
           
Ao ter a humildade para aceitar que o “porém” existe, uma pessoa cresce como ser humano. Essa pausa não significa comodismo ou deformação eterna. De acordo com a circunstância, pode-se batalhar por uma mudança, pelo alterar dos fatos. Se para nada resolver o esforço (o que eu acho muito difícil que aconteça!), pelo menos houve iniciativa, vontade própria de dar um novo rumo à história e “sarar” a pele de um espinho tão sagaz. É bom ter em mente: se conseguir destruir esse espinho, com certeza, outro brotará com o tempo. Não se espante, são “coisas do porém”.

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VIDAS ENVOLVIDAS



Interessante observar como o amor chega à vida das pessoas de acordo com o filme “Um lugar chamado Notting Hill”, de 1999. A comédia romântica traz a atriz Julia Roberts e o ator Hugh Grant numa forma mais inesperada de encontrar alguém que o coração anseia e às vezes a gente não sabe que existe. Ela, Anna Scott, uma estrela de cinema; ele, dono de uma livraria especializada em guias de viagem. Quando os olhares se cruzam... O mundo gira, a cabeça parece um carrossel e o coração um trem-bala... Coisas do amor. Entre idas e vindas, enfim, o casal consegue um final feliz, embora com vidas tão opostas. Mas, o engraçado é que essa oposição proporcionou um envolvimento que mexe com os mais sensíveis.
           
Mediante a essa trama, constata-se que “o amor é invenção do coração”, não dá para escolher com quem se vai viver um relacionamento amoroso, são cartas que desconhecemos suas imagens... Acontece... Não precisa forçar ou quem sabe procurar... Os melhores encontros não precisam ser forçados, brotam no meio do caminho, sem programar ou agendar, basta está aberto para recebê-lo e livre para vivê-lo, intensamente.
           
Se o ser humano pudesse selecionar entre os milhares com quem viver o resto de seus dias na terra, faria escolhas graúdas que envolvessem muita grana, status, boa condição financeira e social... Aparências no “menu” e nada mais. Porém, a graça é diferença de cor, raça, costumes, hábitos. Esse choque cultural vai proporcionar ao par um novo mundo repleto de aventuras, desafios e novidades talvez nunca imaginadas. Ainda com a presença de problemas, as distinções vão aflorar e daí as soluções vêm, sem agressões nem rompimentos, apenas entendendo o processo.
           
“Vidas envolvidas” entendem direitinho os melhores caminhos a percorrer conforme às ocasiões: as diferenças, a partir da convivência, acabam cedendo em algum momento e algumas deságuam no mesmo oceano, ou seja, um vai modificando o outro e daqui a pouco gostos e preferências não se confundem mais, confluem. Se entre você e a pessoa que está do seu lado as situações não transcorrem assim, páre e analise, tem algo errado. A gente se envolve para ser realmente feliz. Farsa é uma vizinha muito sem graça.

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