quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

VIDAS ENVOLVIDAS



Interessante observar como o amor chega à vida das pessoas de acordo com o filme “Um lugar chamado Notting Hill”, de 1999. A comédia romântica traz a atriz Julia Roberts e o ator Hugh Grant numa forma mais inesperada de encontrar alguém que o coração anseia e às vezes a gente não sabe que existe. Ela, Anna Scott, uma estrela de cinema; ele, dono de uma livraria especializada em guias de viagem. Quando os olhares se cruzam... O mundo gira, a cabeça parece um carrossel e o coração um trem-bala... Coisas do amor. Entre idas e vindas, enfim, o casal consegue um final feliz, embora com vidas tão opostas. Mas, o engraçado é que essa oposição proporcionou um envolvimento que mexe com os mais sensíveis.
           
Mediante a essa trama, constata-se que “o amor é invenção do coração”, não dá para escolher com quem se vai viver um relacionamento amoroso, são cartas que desconhecemos suas imagens... Acontece... Não precisa forçar ou quem sabe procurar... Os melhores encontros não precisam ser forçados, brotam no meio do caminho, sem programar ou agendar, basta está aberto para recebê-lo e livre para vivê-lo, intensamente.
           
Se o ser humano pudesse selecionar entre os milhares com quem viver o resto de seus dias na terra, faria escolhas graúdas que envolvessem muita grana, status, boa condição financeira e social... Aparências no “menu” e nada mais. Porém, a graça é diferença de cor, raça, costumes, hábitos. Esse choque cultural vai proporcionar ao par um novo mundo repleto de aventuras, desafios e novidades talvez nunca imaginadas. Ainda com a presença de problemas, as distinções vão aflorar e daí as soluções vêm, sem agressões nem rompimentos, apenas entendendo o processo.
           
“Vidas envolvidas” entendem direitinho os melhores caminhos a percorrer conforme às ocasiões: as diferenças, a partir da convivência, acabam cedendo em algum momento e algumas deságuam no mesmo oceano, ou seja, um vai modificando o outro e daqui a pouco gostos e preferências não se confundem mais, confluem. Se entre você e a pessoa que está do seu lado as situações não transcorrem assim, páre e analise, tem algo errado. A gente se envolve para ser realmente feliz. Farsa é uma vizinha muito sem graça.

Foto: Internet

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