Numa outra época, as mulheres que trabalhavam muito e se dedicavam a diversas atividades simultaneamente, dentro do lar, eram chamadas de “Maria”. Tanto que o nome significa “senhora soberana” e leva ao significado prático de labor, empenho, guerreira, fé. Mas, os tempos mudaram. O instinto feminino saiu de casa e foi à luta. Em algum momento, os homens não agüentaram “segurar a barra” e quebrou a tradição: permitiu que suas esposas passassem a trabalhar fora. No mercado de trabalho, ela enfrentou resistências, preconceito e decepções. Aprendeu o que é competição e a importância do estudo. A qualificação passou a ser seu carro-chefe. Mesmo como uma doméstica, precisava ser a melhor para garantir o “ganha-pão”. Persistentes essas “Marias”, não?
Executivas, advogadas, empresárias, delegadas, juízas, enfim, profissionais. Na busca por um “lugar ao sol”, elas deixaram a vaidade feminista entrar em vigor: decidiram alcançar altos patamares. Dessa forma, sem querer querendo, ficaram paralelas aos homens. Algumas até os ultrapassaram pelo desempenho e sede de vencer. Em alguns casos, um marido comerciante de repente se vê casado com uma promotora de justiça ou uma grande empresária que é obrigada a aceitar convites de almoço e jantares de negócios. Se não tomar cuidado e souber equilibrar o lado profissional, pode abalar a estrutura da casa... É bom ser vigilante... Cumprir as tarefas com nivelamento vai torná-la mais eficiente e sedutora. Ao mostrar sua “garra fêmea”, no mercado, ela pode arranhar e, com isso, causar danos. Portanto, todo cuidado é pouco. Embora tão executiva, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo IBGE no País, na população de mulheres que trabalhavam a parcela das que também exerciam afazeres domésticos passou de 90,0%, em 1992, para 93,6%, em 1999. Isso prova o compromisso que elas têm com o habitat. É um bom sinal.
Com todo esse avanço inesperado, “Maria” virou “Antônia” – uma mulher moderna que pensa em ser sucesso, ocupar seu lugar próprio, sem puxar tapete de ninguém. Pode morar na favela ou na Zona Sul, todas são mulheres e querem seu espaço como cidadãs e “filhas de Deus”. Elas merecem. Seja lá como for, jamais perderão a delicadeza e a sensibilidade, essências naturais que até as mais “duronas” trazem. É genético, não tem jeito! Seja “Maria” ou “Antônia”, sempre serão princesas e rainhas que nunca perderão a majestade. Salve a mulherada lutadora, gente!
Foto: Internet
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