Com o passar dos anos e a mudança de época, as pessoas, aos poucos, foram se tornando insensíveis e mais preocupadas com si mesmas, sem considerar o outro que, muitas vezes, está a seu lado implorando socorro. Muitos até se humilham, se prostram, choram, suplicam e fazem promessas, caso sejam atendidos. Tudo em vão. Fingem que não ouvem. Procuram demonstrar que não têm tempo suficiente para “fazer caridade”; os dias são tão corridos que o mínimo que se pode fazer é tomar banho e se alimentar; a maior parte do tempo está preenchida com trabalho, estresse e cansaço. Dormir fica em último plano. Tudo bem. Não é mentira que a rotina diária é mais ou menos assim, mas pelo menos atenção se pode dar a quem precisa. Mesmo atarefado, se quiser, pode abrir um espaço na agenda e marcar um bate-papo no fim-de-semana ou depois do horário de trabalho, escola ou faculdade. Basta querer. Basta desejar ajudar o outro.
Em meio à frieza, alguns indivíduos não conseguem mais confiar nos outros. Perderam, no meio do caminho, a chama do amor que vence o preconceito, a dúvida, a incerteza. O amor nos faz encarar as situações por um único prisma: vai dar tudo certo; ainda que as adversidades se façam presentes, os resultados serão positivos.
Não deixe as oscilações do tempo destruir os bons sentimentos que existem dentro de você. Preserve-os, lute por eles. Pegue do pouquinho que tiver, transforme em sementes e espalhe por onde passar. De repente, alguém segue seu exemplo. Se conseguir afetar apenas um, pode-se considerar herói porque conduziu alguém ao frutífero caminho do bem. Reflita sobre isso. As épocas mudaram, mas a composição do ser humano ainda é a mesma.
Foto: Internet